Quem somos nós

Grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado e ao Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios, ambos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo - RS, com o objetivo de construir e embasar Marcos Regulatórios às Nanotecnologias, inserir o Direito na caminhada tecnocientifica e viabilizar uma fonte de pesquisa para os interessados neste tema.


Integrantes do Grupo:

Prof. Dr. Wilson Engelmann (Líder)

Afonso Vinício Kirschner Fröhlich

Cristine Machado

Daniele Weber Leal

Daniela Pellin

Patrícia dos Santos Martins

Rafael Lima

Raquel von Hohendorff

Patrícia Santos Martins

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Síntese primordial

Agência FAPESP – “É conhecido que a evolução da vida passou por um estágio inicial no qual o RNA teve importância fundamental tanto na herança como na catálise – papéis que atualmente são executados pelo DNA e pelas enzimas, respectivamente. Mas de onde o RNA surgiu?”, pergunta Jack Szostak, do Instituto Médico Howard Hughes, nos Estados Unidos, em artigo na edição desta quinta-feira (14/5) da Nature


A dúvida tem intrigado cientistas há muito tempo e uma possível resposta acaba de ser dada por um grupo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, na mesma edição da revista. O novo estudo resolve um antigo debate e amplia o conhecimento a respeito de como a vida surgiu na Terra.

Em algum ponto da evolução, uma molécula capaz de armazenar informação genética teria sido formada por meio de processos químicos. O principal candidato é o RNA, mas muitos pesquisadores têm questionado essa tese, com a ressalva de que uma molécula complexa como essa não poderia ter se formado espontaneamente.

O RNA (ácido ribonucleico) é formado por uma longa cadeia de nucleotídeos. Cada um desses “blocos de montar” é composto por três partes: base nitrogenada, ribose (tipo de açúcar) e ácido fosfórico. O RNA é parecido com o DNA em sua composição, mas difere em um ponto fundamental: enquanto o DNA é maior e tem a forma de uma fita dupla (em hélice), o RNA tem uma única fita.

A ideia mais aceita era que a base, o açúcar e o fosfato, originalmente, deveriam ter surgido em separado para, depois, terem se combinado e formado o ribonucleotídeo. Mas nenhuma reação química havia sido encontrada até agora para explicar como eles poderiam ter se reunido, o que levou muitos cientistas a questionar a teoria.

No novo estudo, John Sutherland e colegas mostram que mesmo uma molécula complexa como o RNA poderia sim ter se formado espontaneamente. O grupo aponta que, para alguns ribonucleotídeos, o açúcar e a base poderiam ter derivado de uma molécula precursora e comum a ambos. Ou seja, a estrutura completa do RNA pode ter surgido sem a ajuda de outras moléculas e bases como intermediários.

Os pesquisadores britânicos conseguiram demonstrar a síntese espontânea em laboratório. Trata-se da primeira demonstração química plausível de como o RNA poderia ter sido formado sem a ajuda de enzimas.

Segundo o estudo, todos os materiais usados na síntese estiveram presentes nos primórdios da vida na Terra e as condições de reações usadas foram consistentes com os modelos geoquímicos dos ambientes então existentes no planeta.

“O estudo cuidadoso, feito pelos autores, de cada reação relevante constitui um modelo de como desenvolver a compreensão química fundamental exigida para uma abordagem equilibrada da química prebiótica [antes do surgimento da vida]”, disse Szostak.

“Ao trabalhar a sequência de reações básicas, eles montaram o palco para investigações futuras a respeito dos cenários geoquímicos compatíveis com a origem da vida. Esse trabalho abre novas direções para pesquisa que permanecerão por anos como um dos grandes avanços na química prebiótica”, destacou.

O artigo Synthesis of activated pyrimidine ribonucleotides in prebiotically plausible conditions, de John Sutherland e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

sábado, 21 de novembro de 2009

Seringa implantável libera medicamentos sem dor

Muitas condições médicas, como câncer, diabetes e dores crônicas, exigem medicamentos que não podem ser tomados oralmente. As doses devem ser intermitentes ou numa base "conforme necessário," sempre durante um longo período de tempo.




Já foram desenvolvidas várias técnicas para aplicações das chamadas drogas inteligentes - um processo chamado drug delivery, ou aplicação personalizada de medicamentos, numa tradução livre. Essas técnicas incluem fontes de calor ou de luz externas, chips eletrônicos implantados e outros estímulos que funcionam como uma chave liga-desliga para a liberação dos medicamentos no corpo.



Contudo, nenhuma dessas técnicas consegue fazer tudo o que se espera de uma forma de aplicação de medicamentos realmente inteligente: abrir e fechar repetidamente a dosagem do medicamento e liberar sempre dosagens precisas, conforme a necessidade do paciente.



Nanotecnologia e magnetismo



Agora, mesclando nanotecnologia e magnetismo, a equipe do Dr. Daniel Kohane, do Hospital Infantil de Boston, nos Estados Unidos, encontrou a solução mais promissora até o momento para o conceito de "entrega de medicamentos."



O medicamento é misturado a nanopartículas magnéticas, feitas de óxido de ferro, e colocadas no interior de uma espécie de cápsula fabricada com uma membrana especial. A cápsula, por sua vez, é inserida no interior de um pequeno dispositivo biocompatível implantável, que mede menos de 1 centímetro de diâmetro. O dispositivo é passivo, sem necessidade de nenhum componente eletrônico.



Um campo magnético aplicado externamente aquece as nanopartículas magnéticas, distendendo a superfície da membrana da cápsula. Essa distensão abre poros temporários na membrana que permitem que o medicamento saia da cápsula e atinja o organismo. Quando o campo magnético é desligado, a membrana se resfria e fecha os poros, interrompendo a liberação do medicamento.



Seringa implantável



A dose liberada pode ser controlada precisamente pela duração da ativação do campo magnético. A quantidade de medicamento liberada manteve-se constante ao longo de múltiplos ciclos de funcionamento.



O dispositivo mostrou-se totalmente biocompatível nos testes em cobaias, sem toxicidade para as células e sem qualquer rejeição pelo sistema imunológico, mantendo-se totalmente funcional por 45 dias no organismo dos animais.



As membranas são ativadas por temperaturas superiores às temperaturas apresentadas pelo organismo, não sendo afetado mesmo por estados de febre alta ou inflamação local.



O próximo passo da pesquisa será obter as autorizações necessárias para os testes em humanos.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Diálogos entre Nanotecnologias, Direito Ambiental e Direitos Humanos

Caros amigos, colegas, professores e participantes do blog:

dando continuidade ao trabalho desenvolvido na semana passada, penso que seja oportuno trazer uma notícia do Jornal Estadão denominada de "Estudo chinês documenta mortes por nanotecnologia". Segue transcrita: 


"Sete mulheres ficaram doentes, e duas morreram, depois de inalar partículas de 30 nanômetros"

HONG KONG - Sete jovens chinesas sofreram danos permanentes aos pulmões e duas delas morreram depois de trabalhar durante meses, sem proteção, numa fábrica que tintas que usava nanopartículas, informam cientistas chineses. Eles afirma que o seu estudo é o primeiro a documentar malefícios causados por nanotecnologia na saúde humana. Testes com animais já haviam mostrado o risco das nanopartículas para os pulmões de ratos.

Ainda não encontrei mais detalhes sobre o acontecimento. Devemos, é claro, para poder afirmar categoricamente o acontecimento, detectar as possíveis causas das mortes.

Porém, trago a notícia a título ilustrativo dos possíveis riscos, consolidando, assim, o que temos defendido através do princípio da precaução. Tenho o objetivo, nos próximos ensaios, de trazer à baila temas como a sociedade de risco (com embasamento teórico de Ulrich Beck e Anthony Giddens) e também algumas considerações sobre os princípios, mormente esse viés ambiental do princípio da precaução.
Voltando, ainda sobre os riscos, acredito ser interessante as considerações seguintes sobre o acontecimento da China:

"Esses casos trazem a preocupação de que exposição prolongada às nanopartículas, sem medidas de proteção, possa estar relacionada a danos graves aos pulmões humanos", escreveu Yuguo Song, do departamento de medicina ocupacional e toxicologia clínica do Hospital Chaoyang de Pequim, em artigo publicado no European Respiratory Journal.

Mas um especialista do governo americano afirmou que o estudo é mais uma demonstração de perigos ocupacionais do que evidência de que nanopartículas seriam mais perigosas que outros produtos usados na atividade industrial.

A nanotecnologia é uma indústria importante. Um nanômetro é um bilionésimo de um metro, e nanopartículas medem de 1 a 100 nanômetros.

Essa tecnologia é usada em produtos como artigos esportivos, pneus, cosméticos e revestimentos. Estima-se que esse mercado movimentará US$ 1 trilhão até 2015.
"O diâmetro diminuto significa que podem penetrar as barreiras naturais do corpo, particularmente por contato com pele machucada ou por inalação ou ingestão", escreveram Song e colegas.
Eles disseram que as sete mulheres trabalharam de cinco a 13 meses na fábrica, jateando tinta em placas de poliestireno antes de começarem a apresentar dificuldades respiratórias e marcas vermelhas no rosto e nos braços.
Elas inalaram fumaça e vapores que continham nanopartículas enquanto trabalhavam na fábrica, disse Song.
Segundo o artigo, médicos encontraram um excesso de fluido nas cavidades em torno dos pulmões e do coração das mulheres. O tecido dos pulmões continha nanopartículas de cerca de 30 nanômetros de diâmetro - o que bate com o material que autoridades sanitárias encontraram na fábrica.
Duas das mulheres morreram depois de dois anos trabalhando na fábrica, e as outras cinco não apresentaram melhora, embora não lidem mais com nanopartículas. É impossível remover esses materiais uma vez que tenham penetrado nas células pulmonares, disse Song.Allen Chan, um patologista da Universidade Chinesa de Hong Kong, que não tomou parte no estudo, disse que o resultado é significativo, e que demonstra que os trabalhadores precisam de proteção ao lidar com nanotecnologia.
Clayton Teague, que chefia o Gabinete Nacional de Coordenação de nanotecnologia dos Estados Unidos, destacou que as mulheres afetadas trabalhavam com uma pasta que continha nanopartículas numa sala pequena, sem ventilação, e só usavam máscaras de proteção ocasionalmente. "Pelo que sabemos, essa tragédia poderia ter sido evitada com técnicas adequadas de higiene industrial".



Ainda não conseguimos maiores detalhes sobre o ocorrido. Precisamos de alguns estudos técnicos a respeito do tema.

Deixo, assim, aberto - pedindo a colaboração de vocês na busca de esforços intensivos e transdiciplinares para o preenchimento das lacunas, seguindo abaixo o email para contato.

Agradeço pelo carinho e atenção de todos.


André Stringhi Flores

Grupo Jusnano

Membro do Grupo Jusnano. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNISINOS.


Email para sugetões e críticas: sf_andre@Hotmail.com

Líder do Grupo participa de Semana Acadêmica na Universidade Federal de Santa Maria

Prof. Dr. Wilson Engelmann irá as 19h proferir a palestra denominada: "As nanotecnologias e os Direitos Humanos: em busca de marcos regulatórios", levando o tema do projeto de pesquisa aos estudantes da academia.

Gostaríamos, desde já, agradecer ao convite e a oportunidade de falar a respeito do tema, levando as nanotecnologias a conhecimento de todos, em busca de esforços intensivos e transdiciplinares para o preenchimento das lacunas existentes.

Um forte abraço aos participantes do blog. Contamos com a presença de todos.

Grupo JUSNANO

André Stringhi Flores

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Diálogos entre Nanotecnologias, Direito Ambiental e Direitos Humanos

Prezados colegas, pesquisadores e demais participantes do blog:

Já há algum tempo que o Grupo Jusnano vem pesquisando e analisando as nanotecnologias sob a égide jurídica.

Buscamos, nesse período de tempo, investigar as nanotecnologias, desde seu conceito, passando por suas áreas de aplicação, chegando nos riscos ou possíveis riscos que essa nova tecnologia - manipulação de átomos e moléculas em escala nanométrica - poderá causar em relaçao ao meio ambiente e ao ser humano.

Tenho o objetivo de semanalmente publicar um breve texto sobre nanotecnologias, riscos, áreas de aplicação, Direitos Humanos e Direito ambiental na proposta de tentar fazer um dialógo entre essas áreas do conhecimento.

Nessa semana utilizo alguns trechos dos artigos já publicados no blog e também em revistas especializadas de Direito Ambiental e Congressos que já nos fora oportunizado a fala. Gostaria de abrir um parênteses e agradecer a todos que vem contribuindo para o Grupo, concretizando a união de esforços intensivos e transdiciplinares. Em especial àqueles que me oportunizaram alguns minutos de fala em seus eventos e publicaram alguns dos meus ensaios sobre a temática.

Deve-se, aqui, ressaltar que o Grupo está preocupado com o desenvolvimento das nanotecnologias no país. Essa nova tecnologia que está sendo criada é realmente o "fascínio da criatividade".

Ela possibilitará avanços, até então, nunca imaginados.

Podemos dizer (utilizando o breve anúncio deste site oportunizado pelo professor Marcos Catalan em seu  blog) que essa realidade complexa e contingente do século XXI encaminha a sociedade a um futuro nunca imaginado. Nanorreatores que reforçam o metabolismo das células, biochips que detectam células cancerosas entre um bilhão de células sadias e a superação da microeletrônica de ultra-alta compactação correspondem a uma nova tecnologia criada pelo ser humano – a nanotecnologia. A manipulação de átomos e moléculas em escala nanométrica surge como uma ciência transdiciplinar da sociedade globalizada, prospectando avanços na criação de novos produtos e no aperfeiçoamento de produtos já existentes no mercado. Há quem diga que essa nova/nano tecnologia irá possibilitar a cura de doenças até então não imaginadas como a AIDS e o próprio Câncer.



Em dados quantitativos, conforme notícia publicada no Estado de São Paulo: no ano passado, foram vendidos, em todo o mundo, US$ 30 bilhões em produtos que incorporam nanotecnologia, segundo a empresa de pesquisas Lux Research. Em 2014, o montante deve alcançar US$ 2,6 trilhões, o equivalente a 15% de todos os produtos manufaturados que serão comercializados no mundo.

Ademais, estimativa realizada pela Revista National Science Foundation revela que num lapso temporal compreendido entre 10 (dez) e 20 (vinte) anos, significativa parte da produção industrial relativa à saúde e ao meio ambiente será alterada por esta nova tecnologia. Isso porque ao realizarem-se manipulações atômicas e moléculas individuais, a nanotecnologia permitirá maior controle sobre a tecnologia atual, admitindo, inclusive, controlar a poluição, a destruição ambiental e a reciclagem de tudo que se possa imaginar.

Em um futuro não muito distante, a nanotecnologia poderá ser o instrumento ideal para a criação de medicações que serão os modelos perfeitos dos próprios processos das doenças. Segundo  Lampton (uma ótima indicação de bibliografia básica para o tema LAMPTON, Christopher. Divertindo-se com nanotecnologia. Rio de Janeiro: Berkeley, 1994, p. 72) “uma nanomáquina de combater às doenças, com objetivos múltiplos, poderia assumir a forma de uma miniatura de um submarino que navegaria pela corrente sanguínea”.

De banda outra, ao lado das “pontencialidades” desta nova tecnologia do século XXI, surge, também, a necessidade de avaliação e “inclusão de esforços intensivos e transdisciplinares para preencher as lacunas de informações existentes a despeito do comportamento de nanomateriais” . A inexistência/incipiência de estudos sobre a aplicação das nanotecnologias com o ar, com a água e com o solo, demonstra a possibilidade de riscos ambientais e também riscos em relação aos seres humanos. Dentro da incipiência dos estudos , testes com animais contabilizaram os seguintes danos: a) cerebrais ; b) suscetibilidade à coagulação do sangue ; c) danos pulmonares ; d) consequências graves nas formações de embriões ; e e) danos ao fígado, conforme dados retirados do livro: GRUPO ETC. Nanotecnologia: os riscos da tecnologia do futuro: saiba sobre produtos invisíveis que já estão no nosso dia-a-dia e o seu impacto na alimentação e na agricultura. Tradução de José F. Pedrozo e Flávio Borghetti. Porto Alegre: L&PM, 2005, p. 22.

Assim sendo, nessas breves considerações introdutórias, marco a tentativa de revelar, semanalmente, alguns de nossos estudos.

Segue, à título de reflexão, dois questionamentos que se pretende analisar nas próximas publicações: como ficarão os Direitos Humanos frente a esses avanços ? Há necessidade de regulamentação jurídica com emprego de nanotecnologias?

Em breve trarei uma nova postagem.

Agradeço pela atenção de todos,



André Stringhi Flores

Membro do Grupo Jusnano. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UNISINOS.

Email para sugetões e críticas: sf_andre@Hotmail.com





Interessante

Força mecânica induz diferenciação de célula-tronco embrionária


Um pequeno "empurrãozinho" pode ser tudo o que uma célula-tronco embrionária precisa para diferenciar-se em um tipo específicos de célula.A descoberta, feita por cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, terá aplicações na clonagem terapêutica e na medicina regenerativa."Nossos resultados sugerem que pequenas forças mecânicas podem de fato desempenhar um papel crítico na direção específica da diferenciação," afirma Ning Wang, um dos autores da pesquisa que será publicado no próximo exemplar da revista Nature.



Expressão genética à força

A "maciez" física é uma propriedade intrínseca das células-tronco embrionárias que determina como elas respondem às forças em seu microambiente físico. Os cientistas já sabiam que as forças mecânicas externas determinam como as células-tronco se ligam a uma superfície e como elas se espalham sobre a superfície. O que eles não sabiam é que a força mecânica externa também influencia como genes específicos são expressados, determinando a rota que a célula-tronco seguirá, diferenciando-se em um tipo específico de célula.



Sensibilidade celular


Para estudar a sensibilidade celular à força mecânica, Wang e seus colegas primeiro colaram uma gota magnética, com cerca de 4 micrômetros de diâmetro, na superfície de uma célula-tronco embrionária viva.



Um campo magnético oscilante, aplicado externamente, portanto sem nenhum contato direto com a célula ou com a gota magnética, fez com que a dupla oscilasse numa e noutra direção.



A natureza cíclica da força mecânica é muito importante no experimento. Segundo Wang, a oscilação simula as forças naturais que atuam no interior de uma célula viva, como o movimento cíclico da miosina, uma espécie de motor de proteína.Os pesquisadores descobriram que as células-tronco embrionárias são mais flexíveis e muito mais sensíveis às forças cíclicas que as células mais maduras, já diferenciadas.



Os pesquisadores obtiveram os mesmos resultados quando aplicaram as forças cíclicas a células musculares humanas. As células-tronco embrionárias utilizadas no experimento foram colhidas de embriões de ratos. Eles não fizeram experiências com células-tronco embrionárias humanas.



Expressão genética seletiva



Para estudar os efeitos de longo prazo da aplicação das forças mecânicas, os pesquisadores utilizaram corantes fluorescentes verdes, que permitiram acompanhar a expressão de genes específicos que, em última instância, determinam o caminho de desenvolvimento da célula-tronco, ou seja, em que tipo de célula ela se diferenciará.

"Se nossas descobertas puderem ser estendidas para embriões animais em seus primeiros estágios, poderemos ter uma nova forma de diferenciar localmente uma única célula de uma determinada linhagem, deixando todas as demais intactas," explica Wang.


domingo, 8 de novembro de 2009

Os Direitos Humanos e as Nanotecnologias: em busca de marcos regulatórios

O prof. Wilson Engelmann, coordenador do grupo de pesquisa JUSNANO, publicou na revista IHU Ideias o trabalho "Os Direitos Humanos e as Nanotecnologias: em busca de marcos regulatórios", a qual teve seus exemplares esgotados.

As nanotecnologias e o princípio fundamental da precaução




Artigo apresentando na Unversidade Federal de Santa Catarina.

Publicado em IV Simpósio Dano Ambiental na Sociedade de Risco e II Encontro Nacional de Grupos de Pesquisa em Direito Ambiental, 2009, Florianópolis. Anais do IV Simpósio Dano Ambiental na Sociedade de Risco e II Encontro Nacional de Grupos de Pesquisa em Direito Ambiental.. Florianópolis : UFSC, 2009. v. 1. p. 163-177.

Autores: Wilson Engelmann, André S. Flores e André W.

Cápsulas nanoscópicas

Agência FAPESP – Cientistas da Universidade Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema composto por uma “nanogaiola” de ouro coberta com um polímero que poderá servir para direcionar medicamentos a alvos específicos no organismo.
A pequena gaiola de ouro coberta com um polímero inteligente responde à luz, abrindo para esvaziar seu conteúdo e fechando novamente quando a luz é apagada. O método para fabricar as cápsulas e os testes de desempenho foram descritos em artigo publicado na edição de domingo (1º /11) da revista Nature Materials. O estudo foi coordenado por Younan Xia.
O sistema é projetado para ser preenchido com uma substância medicinal – como quimioterápicos ou bactericidas –, liberando quantidades cuidadosamente calculadas de droga junto ao tecido no qual ela deve ser administrada. De acordo com os autores, o sistema de entrega maximiza os efeitos benéficos do medicamento e diminui efeitos colaterais.
O primeiro passo para fazer a cápsula inteligente consistiu em combinar um agrupamento de nanocubos de prata. Minúsculos cubos de cristal podem ser feitos por meio da adição de nitrato de prata a uma solução que doa elétrons para os íons do metal, permitindo que eles se precipitem como prata sólida. A adição de outra substância estimula os átomos de prata a se depositarem em partes específicas de um cristal, levando à formação de cubos com arestas, em vez de formar blocos disformes.
O segundo passo foi cortar os oito cantos dos cubos, que serviram como moldes para as gaiolas de ouro tomarem forma. Quando os nanocubos de prata foram aquecidos em ácido cloroáurico, os íons de ouro no ácido roubaram elétrons dos átomos de prata nos cubos. A prata se dissolveu e o ouro se precipitou.
Uma película de ouro foi formada sobre os cubos de prata, conforme os cubos eram escavados de dentro para fora. Os átomos de prata entraram na solução através de poros que se formaram nos cantos cortados dos cubos.
“A parte realmente interessante – desse sistema e da nanotecnologia em geral – é que as pequenas gaiolas de ouro têm propriedades muito diferentes do ouro bruto. Especialmente em sua resposta à luz”, disse Xia.
O físico inglês Michael Faraday (1791-1867) foi o primeiro a perceber que uma suspensão de partículas de ouro brilhava com uma coloração vermelho-rubi, porque as partículas são extremamente pequenas. “Sua amostra original de um coloide de ouro ainda está no Museu de Faraday, em Londres, mais de 150 anos depois”, contou Xia.
A cor é causada por um efeito físico conhecido como ressonância de plasma de superfície. Alguns dos elétrons nas partículas de ouro não são ancorados em átomos individuais, mas formam um gás que flutua livremente.
“A luz, incidindo sobre esses elétrons, pode levá-los a oscilar. Essa oscilação coletiva, o plasma de superfície, adquire um determinado comprimento de onda, ou cor, diferente da luz incidente. E essa é a cor que vemos”, explicou.

Tecido transparente
A ressonância – nome da forte resposta em um determinado comprimento de onda – é o que faz vibrar uma corda de violino com um tom específico, por exemplo. A ressonância do plasma de superfície pode ser sintonizada no mesmo sentido em que um violino é afinado.
“Faraday utilizava partículas sólidas para fazer seu coloide. Podemos ajustar o comprimento da onda ressonante alterando o tamanho das partículas, mas apenas dentro de limites estreitos. Não podemos chegar aos comprimentos de onda exatos que queremos”, disse Xia.
Os comprimentos de onda desejados pelo grupo são aqueles nos quais o tecido humano é relativamente transparente, possibilitando que as gaiolas, na corrente sanguínea, possam ser abertas pelo brilho de uma fonte de laser sobre a pele. Alterando-se a espessura das paredes das nanogaiolas, sua coloração pode ser ajustada em uma amplitude maior que as partículas sólidas.
“À medida que mais ouro é depositado na armação, a suspensão de nanogaiolas muda do vermelho para o roxo, o azul brilhante, o azul-escuro ou para os comprimentos de onda do infravermelho próximo”, disse.
Os pesquisadores querem atingir uma estreita faixa de transparência do tecido que se situa entre 750 e 900 nanômetros, no infravermelho próximo. Essa faixa é limitada por comprimentos de onda fortemente absorvidos pelo sangue e, por outro lado, pelos que são absorvidos pela água.
A luz nesses comprimentos de onda pode penetrar profundamente no corpo. “A carne é bastante transparente para um comprimento de onda de 780 nanômetros. Isso pode ser demonstrado quando colocamos um diodo laser vermelho na boca e a luz pode ser vista por fora”, disse Xia.
Segundo Xia, na frequência ressonante a luz pode ser espalhada fora das gaiolas, absorvida por elas, ou passar por uma combinação desses dois processos. “Assim como sintonizamos a ressonância de plasma de superfície, podemos ajustar a quantidade de energia que é absorvida – e não espalhada – manipulando o tamanho e a porosidade das nanogaiolas.
O artigo Gold nanocages covered by smart polymers for controlled release with near-infrared light, de Younan Xia e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Materials em www.nature.com/naturematerials.


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coordenador do JUSNANO participa de evento

O professor do Programa de Pós-Graduação em Direito – PPGD da Unisinos e Coordenador do grupo de pesquisa JUSNANO Dr. Wilson Engelmann, participa nos dias 4, 5, 6 e 7 de novembro do XVIII Congresso Nacional do CONPEDI, a ser realizado na cidade de São Paulo – SP.

No dia 5 de novembro, às 09:00, o prof. Wilson proferirá a palestra “(RE)VISITANDO O CONCEITO DE BEM COMUM: A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA DAS NANOTECNOLOGIAS E A CONSTRUÇÃO DE UMA EXISTÊNCIA HUMANAMENTE DIGNA”.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vídeo - Apresentação Grupo JUSNANO





Autoria: André Stringhi Flores e Wilson Engelmann



A apresentação postada tem finalidade meramente didática e acadêmica, sendo que as imagens utilizadas no vídeo foram retiradas da internet, reservando-se os direitos de seus autores.

Projeto Nanoarte transforma a nanotecnologia em arte

Por Antonio Carlos Quinto - 03/11/2009

Nanomundo
Pesquisadores da USP lançaram o projeto Nanoarte, uma iniciativa que documenta nanopartículas e nanoestruturas em vídeos e fotos, mostrando ao público as formações com dimensões nanométricas construídas a partir de materiais cerâmicos.
"A ideia é popularizar o que chamamos de nanomundo dos materiais e estimular a curiosidade científica por meio de belas imagens obtidas em microscópio eletrônico de altíssima resolução", descreve o professor Antonio Carlos Hernandes, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP.

DVDs, vídeos no Youtube e fotos

O projeto está disponibilizando quatro vídeos no site Youtube, cada um com uma duração média de dois minutos. Os vídeos resultam de uma edição feita de três DVDs produzidos pelo projeto.



Cada um dos DVDs possui três vídeos de cinco minutos", conta Hernandes. Atualmente, os vídeos são exibidos a alunos do ensino público fundamental e médio que visitam o IFSC. "Além de terem acesso às fotos e vídeos, posteriormente enviamos a eles os links", conta o professor. Além disso, ele lembra que os DVDs também são enviados às unidades escolares da região.
As exposições de fotos começaram no ano passado. Em alguns centros culturais da região, os pesquisadores expuseram as fotos em reproduções com tamanho de 40 centímetros (cm) por 50 cm. "Durante as exposições, um pesquisador atua como monitor, explicando os princípios da nanotecnologia", conta Hernandes.
O primeiro vídeo foi produzido em agosto de 2008. Segundo o professor Hernandes, ainda não há no projeto um objetivo didático, mas as produções mostram essa possibilidade.
Ciência com trilha sonora
As imagens são obtidas, inicialmente em preto e branco, com a utilização de um microscópio de altíssima resolução - com aumentos de 50 a 60 mil vezes. Aos poucos elas são catalogadas e selecionadas. Depois são coloridas em um programa específico de computador e, posteriormente, é definida a trilha sonora. "É um trabalho artístico em equipe e o resultado final é prazeroso e motivador", descreve Hernandes.
As fotos são obtidas de alguns óxidos produzidos na forma de pó, com dimensões nanométricas. "Esses materiais são usados em nossas pesquisas na fabricação de sensores e em dispositivos para a geração de luz branca", descreve o professor.
Os pesquisadores selecionam as fotos que tenham alguma associação com imagens comuns do cotidiano para serem produzidas. A arte e a animação dos vídeos, bem como a inserção de cores e da trilha sonora, são feitas pelo técnico em microscopia eletrônica, Rorivaldo de Camargo, e pelo mestrando Ricardo L.Tranquilin, ambos do CMDMC (Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos).
Institutos de nanotecnologia
A iniciativa do projeto Nanoarte foi do professor Elson Longo, do Instituto de Química da Unesp.
O CMDMC e o INCTMN (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Materiais em Nanotecnologia) são formados por grupos de pesquisadores da UNESP/Araraquara, UFSCar, USP e IPEN. As duas entidades estão sediadas no Instituto de Química da UNESP de Araraquara.
Os DVDs do projeto Nanoarte estão disponíveis aos interessados e podem ser adquiridos gratuitamente. Os pedidos devem ser feitos pelos e-mails do professor Hernandes (hernandes@ifsc.usp.br) e Elson Longo (elson@iq.unesp.br).

Fonte: Site Inovação Tecnologica <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=projeto-nanoarte-transforma-nanotecnologia-arte&id=010165091103>

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Nano e Tri

Associando duas técnicas de microscopia eletrônica, pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz Sincroton - LNLS, em Campinas - SP, desenvolvem método capaz de mapear em três dimensões a composição química de nanoestruturas.]
Artigo publicado no Journal of Physical Chemistry C.

Para entender as nanotecnologias

A RENANOSOMA - Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, disponibiliza na internet o vídeo "Nanotecnologia: o futuro é agora!", que demonstra as potencialidades e riscos que poderão advir do uso das nanotecnologias. Vale a pena dar uma conferida! Acesse no link abaixo:


http://www.youtube.com/user/renanosoma